Parece que fui tocado novamente por essa divina entidade. Me
senti muito amado em St. Louis, e amei também. Amei os incríveis amigos que fiz
e amei uma pessoa em especial.
Tentei e tentei não amá-lo, por diversos motivos, mas não
tem jeito. Me apeguei mesmo. Acho que inicialmente estava buscando estabilidade
e companheirismo num ambiente novo mas acabei por conhecer uma pessoa incrível
que também retribuiu toda minha afeição.
É interessante como nós só nos damos conta do que temos
quando perdemos, não é mesmo? E isso não digo só a esse último semestre, não,
digo ao que deixei no Brasil também. Me considero privilegiado, de toda forma,
por ter vivenciado e curtido o que passou, e o saudosismo de agora só me
demonstra o quão bom foi. Vou guardar comigo.
Me mudar está sendo um grande desafio. Pessoas novas,
trabalho novo, rotina nova, casa nova (pior, por sinal), mas as coisas vão se
ajeitar. Vim pra UPenn para aprender mais sobre pesquisas em Medicina, a fazer
análises estatísticas, a escrever um artigo científico e publicá-lo. Espero que
realize esse sonho e mais alguns.
Não costumo escrever sobre sentimentos tão privados. Tenho
uma dificuldade de abrir pro mundo minha intimidade, mas acho que a solidão da
vida nova requer atitudes novas. Considero essa postagem como uma maneira de me
abrir mais, falar com o mundo o que na verdade reafirmo a mim mesmo.
Espero encontrar aqui na cidade do amor fraternal (Philadelphia) ainda mais amor!
Um beijo a todos e um feliz dia das mães!
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